Na natureza dos lugares distantes podemos encontrar plantas que, ao conhecê-las, podem nos surpreender e preocupar em partes iguais. Uma delas é uma trepadeira pertencente ao grupo das leguminosas (família Fabaceae) que possui folhas e frutos que, bem aproveitados, servem para prevenir algumas doenças; mas se ao contrário são manipulados sem conhecimento suficiente, deixam você no hospital: alcaçuz americano.
Deve ser proibido? Bem, na Espanha já é. É melhor prevenir do que remediar e, dada a toxicidade desta planta, é melhor não comprar sementes em lado nenhum. Vamos ver o que abrus precatorius, que é como os botânicos chamam nosso protagonista.
Origem e características de abrus precatorius
O alcaçuz americano é um alpinista perene nativo da Índia e da Indochina, bem como da África. Geralmente é encontrada em regiões montanhosas, embora também viva no litoral próximo às praias. Atinge uma altura de 5 metros, desenvolvendo caules que, com o tempo, se tornam lenhosos em sua base. As folhas são pinadas, pecioladas e alternadas, de cor verde.
As flores são rosa ou avermelhadas e estão agrupadas em cachos pediculares de 3 a 8 centímetros de comprimento. Quando polinizadas, são produzidas leguminosas que contêm cerca de oito sementes de cerca de 0,5 milímetros.
O que é?
Em seus locais de origem são usados para curar feridas superficiais, aliviar febre ou resfriados, entre outros. As folhas são frequentemente utilizadas com outros ingredientes, ou as raízes esmagadas, em infusões ou como decocção.
Porém, o uso que mais atingiu o Velho Continente é o de suas sementes. Estes são muito bonitos, então são usados para fazer pulseiras ou colares. Mas, se quebrados, são muito perigosos e podem até causar a morte, pois contêm lecticina, que causa gastroenterite severa, confusão e finalmente coma.
Como dissemos no início, na Espanha é considerada planta proibida desde 2004, data em que foi incluída no BOE 32.